Refrator
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Sonic Youth é sem sombra de dúvida uma das bandas mais importantes da história recente do Rock. A ousadia e a riqueza músical do grupo de Nova York influenciaram bandas em mais de um segmento músical, e deixou claro para o mundo que música não precisa ser virtuosa para ser boa, e que inteligência e pedantismo não precisam andar necessariamente juntos.

No ano de 2005, Lee Ranaldo, Kim Gordon, Thurston Moore e Steve Shelley vieram pela segunda vez ao Brasil. Dessa vez patrocinados pela empresa de telefonía celular "Claro", e tocaram ao lado de Flaming Lips, Nine Inch Nails, Fantomas e Iggy Pop & The Stooges, no festival "Claro que é Rock".

O festival apresentou alguns problemas. Uma fila muito mal conduzida, seguranças mal educados (mais que o de costume), poucos banheiros femininos e alguns outros problemas pequenos. Mas ao contrário do que aconteceu no Rio de Janeiro, a pontualidade do festival foi incriticável, e nos quesitos técnicos (luz, som, cenário) os palcos estavam perfeitos.

A banda subiu ao palco logo após uma performance incrível de Iggy Pop, que aos 58 anos de idade demonstrou ter mais energia do que qualquer garotão de 18. A expectativa era alta, mas ninguém ficou decepcionado, Sonic Youth fez um show para seus fãs, sem concessões, sem tentar agradar quem só conhece os hists da banda. Apesar de menos enérgico e menos intimista que o primeiro show em São Paulo, a banda se saiu muito bem, e deixou seu público satisfeito. Ver Kim Gordon dançando Drunken Butterfly e Thurston Moore maltratando as guitarras ao final de Patterm Recognition, escutar todo aquele barulho entre as músicas, e os quase cinco minutos de microfonia hipnótica ao final do espetáculo fizeram valer o ingresso de qualquer um.

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